O craftivista é uma pessoa que utiliza seus trabalhos manuais em prol do bem comum. Seu ofício é sua voz. Craftivismo é sobre expandir a consciência por meio do trabalho com as mãos, criando um mundo melhor ponto a ponto. Trata-se também de compartilhar ideias com a intenção de somar ao invés de dividir. Honrar saberes tradicionais ao mesmo tempo em que dá novos usos a eles, deixando um legado para as próximas gerações.
Craftivismo é sobre estimular o debate a respeito de questões sociais desconfortáveis e usar o artesanato como objeto de resistência. Um movimento que abre mentes e corações, seja ele feito coletivamente ou por uma única pessoa. Craftivismo é sobre se conectar por meio das artes manuais, ajudando a criar uma sociedade mais sensível.
Os craftivistas são criativos e hackers, consertam e modificam coisas materiais. Meu craftivismo pode ser diferente do seu e não há problema nisso. O Craftivismo encoraja as pessoas a enfrentarem injustiças e encontrarem soluções criativas para os conflitos. Craftivismo não espera que você possua uma série de habilidades, mas sim disposição. O artesanato é frequentemente visto como um passatempo doméstico, passivo e (predominantemente feminino). No entanto, ao tomarmos esses estereótipos e subvertê-los, conseguimos tornar o artesanato uma ferramenta útil, de protesto pacífico, pró-ativo e político. O craftivismo é uma maneira de tornar as grandes questões tangíveis para que possamos construir um mundo melhor juntos. Craftivismo significa recuperar o lento processo de criação manual, com reflexão, propósito e amor, porque o ativismo, seja através de trabalhos manuais ou qualquer outro meio, é feito por indivíduos, não por máquinas. O Craftivismo é uma singela ferramenta capaz de contribuir para a criação do mundo que desejamos para o futuro, mais caloroso, mais amigável e mais colorido.
Este manifesto foi escrito por Mary Callahan Baumstark, Ele Carpenter, Joanna Davies, Tamara Gooderham, Betsy Greer, Bridget Harvey, Rebecca Marsh, Manna Marvel, Ari Millar, Iris Nectar, Abi Nielsen, Cat Varvis e Elin Poppelin.
Tradução para o português: Estefania Lima
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