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Linhas de pesquisa do Instituto Urdume

Artes manuais têxteis e questões de gênero:  Apesar de culturalmente os fazeres manuais têxteis serem vistos como atividades femininas e domésticas, essas técnicas, que acompanham diferentes períodos da história, são milenares e já foram interpretadas de diversas formas durante a história, acompanhando mudanças culturais, avanços tecnológicos, alternâncias econômicas e guerras, com a participação de homens, mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos. 

 

Atualmente, além dos movimentos e iniciativas que têm como propósito a valorização dos fazeres manuais têxteis, destacando-as como uma linguagem iconográfica e coletiva de potência feminista, há também uma reapropriação das práticas têxteis manuais por parte dos homens, que têm utilizado os fios como forma de expressão artística, complemento de renda e ferramenta de diálogo para questionamentos e ressignificação das masculinidades.

 

Nesta linha de pesquisa buscamos investigar as conexões entre os fazeres manuais têxteis e as relações de gênero, promovendo reflexão e prática por meio de pesquisas, ciclos de encontros e cursos. 

Palavras-chave: feminismo, gênero, novas masculinidades e domesticidade.

Artes manuais têxteis e o sensível:  Historicamente os fazeres manuais têxteis não são associados a arte, mas sim ao trabalho. Uma série de construções socioculturais buscam afastar o têxtil da produção do sensível. No entanto, é possível que poucas práticas artísticas sejam ligadas ao sensível tema quanto o têxtil e sua ligação direta com a vida. 

Nesta linha de pesquisa  abordamos o sensível a partir de um panorama da produção das artes manuais têxteis, em diálogo com autores como Emanuele Coccia, Yuk Hui, Jacques Rancière, Els Lagrou, Vânia Carneiro de Carvalho e Julia Bryan-Wilson, avançando na compreensão dessas práticas como espaço de produção do sensível, pela perspectiva intuitiva, filosófica, biológica e cultural.

 

Palavras-chave: arte, moda, roupa, filosofia e cultura material.

Técnica e territórios:  A tecnologia não é antropologicamente universal. Se desenvolvimento e funcionamento é baseado e assegurado por cosmologias particulares que ultrapassam a simples funcionalidade ou utilidade da técnica. É preciso confrontar a ideia universalista da técnica, para não seguirmos favorecendo uma história tecnológica supostamente homogênea e criar novas possibilidades de futuro. 

 

Nesta linha de pesquisa buscamos reconhecer, registrar e preservar as artes manuais têxteis tradicionais, e memórias das produções passadas e presentes no Brasil e América Latina.

Palavras-chave: Artesanato, memória, técnica, design e tecnologia.

Textos e têxteis:  

 

A produção têxtil sempre foi sinônimo de comunidade e narrativa. Desde a pré-história mulheres reuniam-se para tecer e, ao mesmo tempo, significar sua própria cultura, criando linguagem e vestimentas. A ligação ancestral entre o fio da vida e do têxtil, que tece tramas suficientes para sustentar as histórias de um povo, estão presentes nas histórias africanas de Kwaku Anansi, e nas mitologias gregas. Em nosso vocabulário, com palavras como 'renda', 'novela' e 'trama',  derivadas das artes dos fios. Até as metáforas, literatura e uso das artes têxteis e roupas como forma de contar histórias.

Nesta linha de pesquisa, investigamos as implicações presentes nas aproximações e afastamentos  feitos entre têxtil e na narrativa ao longo da história. 

Palavras-chave: Narrativa, escrita, costura, tessitura e trama.

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