Na última semana a hastag #diversknitty ganhou força nas comunidades de tricô das redes sociais. No dia 7 de janeiro, Karen Templer, dona da Fringe Supply Co., publicou um texto em seu blog intitulado "2019: O meu ano da cor", no qual descreve seus objetivos para o ano novo: usar mais cor e viajar pela primeira vez para a Índia. Karen diz ter o desejo de conhecer o país desde a adolescência, mas usa analogias extremamente infelizes para descrever sua vontade, associa sua viagem com a colonização de Marte ou afirmando que os indianos vestes roupas rosas e coloridas.
Embora Karen tenha pedido desculpas no dia seguinte a sua postagem (após receber centenas de críticas por ele), o texto, escrito de uma perspectiva ocidental de fetichizar e romantizar outras culturas, levantou questões sobre desequilíbrio racial, privilégios e, principalmente, a a falta de diversidade na comunidade de tricô e artes têxteis.
Dezenas de mulheres, homens e pessoas não binárias negros, orientais e latinos começaram a se manifestar, denunciando casos de racismo relacionados ao tricô, como serem ignorados ou seguidos por seguranças em armarinhos, serem confundidas com outras pessoas da mesma etnia ou serem classificadas como aquela "tricoteira negra ou asiática",e exigindo mais diversidade no meio. Umas principais vozes a falarem sobre o assunto foram @thecolormustard, @nadiratani, @ocean_bythesea, @astitchtowear, @su.krita. Cada stories ou posts delas é uma aula sobre preconceito.
Na URDUME já falamos sobre como no Brasil a desvalorização do artesanato tem origem na mesma raiz do racismo estrutural do país, a escravidão.
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