Coletivos Meiofio e TeceLãs confeccionaram trabalhos em crochê que foram expostos pelas ruas de Trivento

Artistas têxteis do mundo todo se reuniram para realizar uma intervenção urbana coletiva, com malhas de tricô e crochê, pelas ruas de Trivento, na Itália. Realizado nos dias 9 e 10 de agosto, Nesse ano, o Yarn Bombing Day de Trivento, evento organizado Un Filo Che Unisce, contou com participação brasileira. Os coletivos Meiofio e Tecelãs, ambos de São Paulo, que confeccionaram peças únicas para o evento, apoiados pela Círculo S/A.

O Yarn Bombing Day é uma intervenção artística urbana, que consiste em usar fios e também as técnicas de crochê e tricô para preencher e ressignificar espaços, como grades, postes, pontes, árvores, entre outros. Para as ruas de Trivento, o coletivo Meiofio reproduziu a padronagem da calçada de São Paulo. “Levamos um pedacinho da nossa cidade para a Itália. Foi um projeto bem grande, com 15 metros de largura por 1,2 metro de comprimento e contou com a colaboração de muitas mãos”, comenta Nara Rossetto, uma das idealizadoras do Meiofio. Mais de 20 pessoas colaboraram com a confecção da malha em crochê ao longo de cinco meses. O trabalho contou com cerca de 200 novelos.

Já o coletivo TeceLãs optou pela criação de um painel de 2,5 metros de largura por 2,5 metros de comprimento, representando a flora brasileira. convidamos a Camila, do Coletivo TeceLãs, para dar seu depoimento sobre o evento:
"O convite para participar do Yarnbombing Day em Trivento foi uma surpresa. Tínhamos pouco menos de um ano de coletivo formado e abraçamos o trabalho com muito amor e dedicação.
Decidimos o conceito, tema, tamanho e cores juntas, mas trabalhamos separadamente nossas flores e folhas. A ideia era representar o Brasil sem estereótipos e escolhemos a nossa flora. Quase um mês depois nos reunimos para a montagem final do painel de 2.5x2.5m e foi uma alegria ver o resultado do trabalho feito à dez mãos.
Chegar em Trivento e ver obras tão diferentes e tão maravilhosas feitas com a mesma técnica foi emocionante. Os 70 trabalhos estavam espalhados pela cidade, um mapa com a localização de todas e uma rota a seguir guiava os visitantes. Cada curva uma surpresa!
Um verdadeiro museu a céu aberto.
Nosso trabalho era número 59, a expectativa já estava enorme quando finalmente cruzei um beco estreito, me deparei com uma pequena praça e lá estava o nosso "jardim" debaixo de uma parreira carregada de uvas. Uau, me arrepiei.

Fiquei ali sentada por algum tempo observando a reação dos outros visitantes. Mamma mia! Foi o que mais ouvi naqueles minutos. Quer coisa melhor? Missão cumprida e objetivo atingido. Foi mágico!"
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